Complicado de retomar as atividades.
Chuva e frio.
Hoje sim foi uma segunda-feira bem difícil.
O resultado de ontem não satisfez as chamadas minorias.
"Chamadas minorias" porque não somos minorias, somos a maioria.
Somos a maioria da população que não tem acesso às necessidades básicas que um ser humano precisa - mas deveríamos ter esse acesso e gratuito.
A maioria que diz respeito, sobretudo, às mulheres, à comunidade LGBTI+, aos (às) indígenas, aos (às) nordestinos (as) e aos (às) negros (as).
A maioria que não queria um presidente com esta personalidade.
A maioria que faz jus a determinadas profissões que ele desrespeita. Refiro-me, principalmente, à carreira de professor, a minha carreira, que ele despreza.
É óbvio que ele e todos (as) os (as) políticos (as) desprezam porque, quanto menos a população for instruída, mais ignorante será e mais pessoas o farão vencer no governo.
Não consigo compreender as pessoas que votaram nele, algumas que são parte dessa minoria que citei acima.
Não consigo compreender, mas respeito a decisão de cada um (a).
Eu só espero, na mais pura verdade, que, no dia primeiro de janeiro adiante, nós continuemos a viver em uma democracia.
Que todos tenhamos a nossa liberdade de expressão sem temer a reação agressiva de outrem - apesar de isso já estar ocorrendo.
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"Ninguém solta a mão de ninguém." |
No momento, estou de luto e estou com muito medo.
Estou pegando forças para este luto se transformar em verbo.
Lutaremos com sabedoria e resistiremos até o fim pela vida de todos e de todas.