sexta-feira, 29 de abril de 2016

O clichê

Hoje à noite, ao entrar na cozinha, eu ia abrir a porta de casa pelo interfone...
Mas espera, você não vem mais. Nunca mais?

Meu subconsciente me deu esse impulso por costume ou por que era o que o meu coração queria?
Eu não sei. Não sei a resposta certa, nem sei se é uma dessas.

Depois de um tempo, encostei meus dedos no dedo anelar da mão direita, senti falta.
Estranho. Pois não tinha sentido a falta todos esses dias - não dessa maneira -, achei que já estava me recuperando.

Ilusão.

Descobri que é impossível se recuperar tão rápido.
Por mais que eu queira. Por mais que eu me esforce. Por mais que eu finja estar bem (dizem que isso nos torna mais fortes, já não sei).

Não sei se falo, se não falo.
Prefiro o silêncio - no momento - ao barulho. Prefiro a calmaria fingida - no momento - à turbulência.
Mas, ao mesmo tempo, não sei o que prefiro e o que quero. Confusão.
Não sei como sair dessa, parece que já passei por isso, mas ao mesmo tempo parece que não passei por nada parecido.

Que sigamos, de alguma maneira, bem.

domingo, 24 de abril de 2016

Feridas

Ontem eu decidi seguir e hoje acabei tendo a certeza de que é o certo a fazer.

Estou machucada por tanta porrada que vim levando só nessas ultimas semanas.
Não sou de falar palavrão, não gosto, não combina comigo, mas às vezes é necessário para expressar determinados sentimentos.

Mesmo na companhia de alguns, ando sozinha, meus pensamentos têm me emagrecido, me entristecido, me deixando cabisbaixa. Mas sei que melhorarei, sempre melhoro. Sozinha ou não. Lentamente, levemente ou não.

Contudo, sigo em frente com meus princípios, com os meus valores e com as minhas crenças.
Aqui vai um conselho: pense melhor antes de agir, algumas atitudes interferem, de alguma maneira, na vida de outras pessoas. Cuidado!

Sim, precisamos andar com cuidado, a vida é assim: se você quer manter por perto pessoas que gosta, tem que seguir determinadas regras. É chato, mas o que vem depois recompensa o esforço.
Acaba valendo a pena.

Eu volto. Estou voltando. Eu voltarei.




quarta-feira, 13 de abril de 2016

Acabou.
Tem coisas que acabam e você gosta.
Mas tem coisas que acabam e doem, doem por muito tempo, principalmente se essa "coisa" te fez bem durante muito tempo e, de repente, acabou.

Meu coração está doente, machucado.
Mas ninguém o machucou, fomos nos machucando e a melhor coisa a fazer foi acabar.
Não para sempre, porque não sabemos quanto tempo é "para sempre". Além disso, "para sempre" para uma coisa boa é quando fazemos do tempo, um amigo; já para uma coisa ruim, é tempo demais e ele vira inimigo.

É preciso tempo. Só isso.
O coração se refaz. A rotina ajuda.
E o "para sempre" - que não fazíamos questão de tê-lo - se desfaz.

Sabemos que tudo irá melhorar, nossas vidas se reencontrarão.
Nessa roda gigante chamada mundo, sabemos que o tempo resolve tudo.

Apesar de a espera ser dolorosa, o que tiver que ser será.

Não estou conformada, mas em paz, apesar de a tristeza estar inundado os meus olhos durante cinco, seis dias (e mais alguns pela frente, sem dúvidas), sei que, no final, tudo acabará bem.
Seremos felizes de novo da maneira que tiver que ser.

O nome do meu otimismo é fé,