quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Introspecção

Algumas pessoas não vão entender o que você sente, por mais que você tente explicar.
Outras pessoas vão entender porque passam ou já passaram por isso.
E sei que não estou no pior estado.

Hoje entendo que não posso criar expectativas relacionadas às pessoas.
Hoje entendo que não posso depositar a responsabilidade nas pessoas para me fazerem feliz.
Hoje percebo que é preciso saber ser feliz sozinha. E é bem difícil.
Ainda, ninguém completa outrem porque ninguém é metade. Todos somos seres completos, mesmo que não sintamos isso muitas vezes.
A outra pessoa entra na nossa vida para aumentar essa felicidade. Por isso é bom ter pessoas queridas por perto.

Eu aprendi? Nada.
Só entendi. Para aprender isso, sei que vai demorar. Mas o primeiro passo, eu dei.

Eu estou curada? Menos ainda.
Falta pra caramba.

sábado, 26 de janeiro de 2019

"Mas não afogo não..."

Hoje ela voltou leve e feliz.

Ela acredita na mudança.
Ela acredita na diferença entre as pessoas.
Ninguém é igual a ninguém. Isso é certo.

Ela está aprendendo.
É clichê, mas "vivendo e aprendendo" é uma verdade na atual situação na qual se encontra.

Livre do passado, vivendo e aproveitando o presente e algumas expectativas para o futuro.
Achava que sabia de tudo sobre si.
Mas descobriu não saber de nada.
Contudo, é possível se conhecer.

O amor próprio é necessário e essencial.
Ela sabe e está em busca disso.
O estudo está por toda parte.

Incertezas e inseguranças continuam.
Sua insegurança lhe atrapalha muito.
Conscientemente, ela sabe.
Por este motivo, vem estudando e aprendendo o autocontrole.

Não tem problemas com o seu físico, mas sim, com sua cabeça.
Sua cabeça cria situações que não ocorrem.
Não é intuição, é ansiedade.
E a sua ansiedade só está lhe atrapalhando também.
E é outra coisa que ela está aprendendo a controlar.

Ela é grata, entretanto.

Sua gratidão vai para as poucas pessoas que lhe escreveram e lhe falaram mensagens reconfortantes. Aos abraços que recebeu.
À mamãe e à irmã, pela preocupação e por ouvi-la..
Ao desconhecido que se tornou conhecido em pouco mais de um mês e tornou-se muito importante para ela.
E ao Ramatis que voltou essa semana retirando toda a energia negativa que a rondava - ainda ronda, mas em carga menor, e só vai diminuindo até tornar-se nula.

Gratidão. Vocês estão me salvando.

domingo, 20 de janeiro de 2019

A melhor versão

Ela está machucada.
Não encosta, está doendo.

Ela quer mudar.
Ela quer fazer a melhor versão dela mesma.

Ela não quer mais sofrer.
Ela não quer se maltratar e não quer sofrer por ninguém - amigos, amigas e amores, todos e todas estão incluídos (as).
Ninguém é obrigado a sofrer seja lá por que ou por quem for.

E ela chora com prazer.
Através das suas lágrimas, sua tristeza sai; ela diz.
E sai, alivia a dor.
A dor não passa, mas alivia.

E as coisas ficam na sua cabeça.
Ela precisa que essas coisas saiam da sua cabeça porque o futuro não pode ser prejudicado por causa do passado.

Introspectiva, ela fica.
Ela precisa de espaço.
Ela precisa dela mesma.

Ela tem força, mas está exausta.
Ela gosta de um pouco de solidão, mas está exausta. Pessoas rodeadas de outras pessoas e todas estão, ao mesmo tempo, sozinhas.

Ela está exausta do mundo.
Ela só quer mudar. Mudança.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Decreto trágico

É perturbador esse decreto que facilita a posse de arma assinado ontem pelo presidente.
A partir disso, me fiz e ainda me faço inúmeras perguntas:

Quem garante que o brasileiro, com aquele "jeitinho", não vá conseguir ter mais que 4 armas em sua residência e/ou estabelecimento?
Quem garante que o brasileiro não vai sair de casa com a arma na cintura?
Quem garante que essas armas não serão usadas só e unicamente para se proteger?
Quem garante que não haverá corrupção para fulano(a) passar no teste psicológico?

Não sei quem garante, pois nossa fiscalização é falha em todos os âmbitos e, SE tiver fiscalização neste caso, duvido que não será falha também.

Ainda penso, também, principalmente, na proteção das mulheres e das crianças.
O feminicídio, o suicídio, o acidente entre crianças, todas essas tragédias aumentarão.
Hoje minha mãe me contou que uma amiga sua de infância morreu dentro de casa com um tiro que o melhor amigo deu, BRINCANDO, sem saber que a arma estava carregada. Até onde a minha mãe sabe, o amigo ficou maluco por conta disso.
Agora pensa quantas histórias assim irão aumentar?
Quantas mulheres mais irão morrer?
Quantas pessoas em depressão irão se matar?
Quantas crianças irão morrer "brincando"?
É desesperador pensar que VIDAS serão interrompidas porque o presidente facilitou a posse de arma. Como se já não bastasse as vidas que já são e foram interrompidas de outras maneiras.

E não pense você que eu estou torcendo para este governo dar errado porque eu não votei no Bozo. Na verdade, eu não torço para nada.
Torço para conseguir sobreviver em meio a esse caos, como se não bastasse todos os problemas que cada um tem na sua vida pessoal.

sábado, 12 de janeiro de 2019

Autolembrete

(Há o risco de ser atualizado)

Desarme-se.

Não aja por impulso.
Não procure problemas, deixe as vidas fluirem naturalmente.
Não deixe a sua insegurança e o seu medo te dominarem.
Não se machuque.
Não cobre e não se cobre demais.

Menos regras, mais espontaneidade.
Mais flexibilidade.
Mais paciência, menos pressa. Calma.

Se ame e ame o próximo.
Se ame.

terça-feira, 8 de janeiro de 2019

Sempre chega

Quando você ainda não consegue ter a sua independência completa.
Você vive sufocada.

E ela está sufocada.
A cada dia que passa, piora.
A crise.
O país em que vive.
Desempregada.

Como ter dinheiro para viver?

O pai a vê como uma menina indefesa e de 15 anos (ou menos).
Pior do que vê-la assim, é tratá-la assim.
A mãe acha que manda até no seu coração e pensamentos.
Fala todos os defeitos dela quase sempre e sempre é desnecessário (ela já os conhece e se sente muito mal quando isso acontece).
E eles não aguentam ouvir a verdade porque acham que são os donos dela.

Por que será que ela está se tratando com a psicóloga?

Isso porque não estou contando com outros fatores que a tormentam.
Estudos, concursos, busca por um emprego repeitoso, notícias sobre violência de todos os tipos e a cobrança sobre si mesma.

Ela sempre se sente bem quando está fora da casa, fora das asas.
Assim, se esquece do que a tormenta.

O dia que ela finalmente conseguir a liberdade independente.
Eu nem precisarei contar.