Um dia frio

Hoje tive um dia bom, interessante e estressante ao mesmo tempo, mas tudo na calmaria, sabe?
Um coração aconchegado. Uma briga que quer paz. Uma briga de momento. Um amor, talvez?

Diferentes momentos e diferentes sensações. Todos, porém, resultando num mesmo sentimento.
Obviamente um momento não é igual ao outro e, consequentemente, as sensações são diferentes, você deve estar pensando.
Mas repare só, existe a rotina. E hoje foi um dia fora da rotina, momentos únicos, sentimentos únicos.
Não digo inéditos porque; assim como a Linguística diz que um enunciado nunca é criado e original, sendo sempre a reprodução de outro produzido anteriormente; um momento nunca é inédito e original também, é sempre uma reprodução de algum outro já existente em outrora.
Fazemos isso inconscientemente, é claro.
Contudo, são momentos únicos.

Um coração tocado pela calmaria.
Uma sensação de paz, de conforto.
Apesar de toda a irritação.
O coração é, afinal, o lugar da montanha russa dos sentimentos.
(Eu que o diga, diga-se de passagem.)

Uma briga que perdura três ou quatro anos.
Dois enunciados foram (re)produzidos. Finalmente?
Duas pessoas como anjinhos e diabinhos, ao mesmo tempo, em seus ouvidos. Mas será?
Tem uma pessoa bem importante no meio disso tudo.
Definitivamente, pisando em ovos.

Uma outra briga.
Ah, mas eu o amo.
Não faço por mal. Você só precisa nos ouvir mais.
E com atenção. É pelo seu bem.
Eu o amo.

Amor foi o resultado de cada uma dessas situações.
O amor é o que acalma.
O amor é o que fica.
O amor é o que salva.