terça-feira, 26 de junho de 2012

Um furacão

Ela não sabe mais o que fazer. Não sabe, como sempre, o que fazer exatamente. Propostas vindo, mas ela não se esquece. Diferente, pois o que ela mais faz da sua vida é esquecer das coisas, principalmente das que não quer esquecer e se lembra das que preferia não lembrar jamais. Mas essa é algo que ela não se esforça, mas lembra, lembra porque é necessário.

Passando por um momento turbulento. Às vezes acha que vai enlouquecer, pois consegue, incrivelmente, se concentrar no que é preciso, separando o sentimental do racional. Nos seus pensamentos está tudo enrolado e misturado mas na prática não, por isso ninguém percebe a sua loucura que não transparece. Às vezes um descontrole aqui e outro ali, mas nada fora do normal, afinal, também é humana e não foi feita de ferro.

Ela só gostaria que tudo se ajeitasse. Já perdeu uma vez, não quer perder mais. Já percebeu o erro, não quer repeti-lo mais. Já fez o que podia fazer e a espera está matando-a, pois nunca esperou tanto. Não vê o motivo para tanta espera, não vê o porquê de tanta demora, acha perda de tempo. A vida é curta demais para perder tempo com isso, mas não depende só dela.
Mesmo quando a espera acabar, sabe que continuará um pouco perturbada, afinal, é uma indecisa eterna. Nunca tem certeza do que faz.

A cada dia que passa, ganha o dia logo pela manhã mas, ao voltar para a sua casa, pensamentos começam a se balançar na sua mente. Não anda muito bem mas, como sempre positivista, sabe que isso vai mudar, afinal, ainda não chegou no fim e é feliz por isso.

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