sexta-feira, 29 de abril de 2016

O clichê

Hoje à noite, ao entrar na cozinha, eu ia abrir a porta de casa pelo interfone...
Mas espera, você não vem mais. Nunca mais?

Meu subconsciente me deu esse impulso por costume ou por que era o que o meu coração queria?
Eu não sei. Não sei a resposta certa, nem sei se é uma dessas.

Depois de um tempo, encostei meus dedos no dedo anelar da mão direita, senti falta.
Estranho. Pois não tinha sentido a falta todos esses dias - não dessa maneira -, achei que já estava me recuperando.

Ilusão.

Descobri que é impossível se recuperar tão rápido.
Por mais que eu queira. Por mais que eu me esforce. Por mais que eu finja estar bem (dizem que isso nos torna mais fortes, já não sei).

Não sei se falo, se não falo.
Prefiro o silêncio - no momento - ao barulho. Prefiro a calmaria fingida - no momento - à turbulência.
Mas, ao mesmo tempo, não sei o que prefiro e o que quero. Confusão.
Não sei como sair dessa, parece que já passei por isso, mas ao mesmo tempo parece que não passei por nada parecido.

Que sigamos, de alguma maneira, bem.

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