segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Borboletas no estômago

Comecei a ler hoje "Amar é crime" de Marcelino Freire, falei muito deste escritor e do livro, finalmente consegui começar e, digamos, que em algumas horas de leitura consegui chegar na metade. Incrível é o livro que te prende e pede para ser lido, tem sede de leitor, sabe ? Melhor ainda quando você pode ler. Bom, não estou aqui para falar o quão bom é ler, mas que é, é.
Só que esse título me chamou a atenção e eu parei para pensar no amor. Tantas formas de amor. Até quem aparenta não ter coração, ama.

Tem o amor que sufoca, que causa calor, que dá arrepios, que deixa o estômago com borboletas, que é apaixonante, que dura uma noite, que dura meses, que dura anos, que dura uma vida, todas as formas são belas. Cada uma com a sua beleza, assim como cada pessoa no mundo, mas belas.

Sentimentos também se confundem com o amor como a saudade, a amizade, a simpatia, tudo pode ser confundido com o amor, até mesmo a paixão que, eu não a trato como amor. Já que as palavras são diferentes, porque, necessariamente, seus sentidos têm que ser iguais ? Muita gente confunde a paixão com o amor. Para mim, paixão é aquele "fogo que arde sem se ver" como Camões já havia dito (ele disse sobre o amor, na verdade). Concordando com o poeta, é lógico que o amor também tem o seu "fogo que arde sem se ver", porém, é duradouro, nunca satisfeito, sempre com sede de mais e da mesma pessoa. Já na paixão, este fogo tem tempo limitado com cada pessoa que ele deseja e que são muitas.

Acredito que todas as pessoas sentem a paixão pelo menos uma vez ao dia. Isso mesmo, ao dia. Não ?
Já o amor, não. O amor é difícil de ser sentido, é difícil de fazer o outro sentir também.
Muitos já devem ter achado que amaram, mas quando a dúvida bate, não é amor, é paixão que durou muito tempo mas chegou no limite que resulta na separação.
Depressivo, não ? Mas é a dura realidade que cada amante passa pela vida...

Bom mesmo é sonhar com o seu par ideal e torcer para encontrá-lo, porque parece que a cada vez que o tempo passa, pior fica. Ninguém mais ama, ninguém mais presta atenção ao seu redor, ninguém sorri sem ser artificial... Melhor mesmo é ser natural, mas está sendo difícil quando, a cada passo dado, há algo de artificial em nossa frente. O medo não pode existir nos tempos de hoje, só a coragem nos resta para enfrentar a dificuldade de cada dia, a beleza e a tristeza da vida, os sapos que têm que se engolidos e as defesas que têm que ser usadas.
Viver com coragem e à procura do amor com amor, é isso que nos resta.

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